Destaques de um Parceiro da ACA: A Iniciativa Africana do Caju

A Iniciativa Africana do Caju (IAC) – 

Métodos Inovadores de Implementação para Abordar os Desafios do Setor do Caju

Por Rita Weidinger, Diretora Executiva da GIZ / IAC

A ACA tem orgulho em apresentar o nosso parceiro, a Iniciativa Africana do Caju (IAC). A IAC, em conjunto com parceiros públicos e privados, coloca o seu foco na organização e na construção de um setor africano do caju sustentável para reduzir a pobreza. Até o momento, a iniciativa apoiou mais de 400 mil produtores rurais de caju para que eles adicionassem pelo menos US$ 600 a sua renda familiar anual. A IAC está ativa em cinco países parte do projeto, ou seja, no Benim, em Burquina Fasso, na Costa do Marfim, no Gana e em Moçambique.

Os principais desafios para as cadeias de valor do caju africano continuam a ser a baixa produtividade, de 250 a 700 kg por ha, e o alto custo para o processamento feito dentro do próprio país. Com a alteração das relações de poder na cadeia de valor do caju, o estabelecimento de contatos de mercado se torna mais importante para todos os atores, com alto potencial para os produtores.

Sendo assim, a IAC tem como objetivo o aumento da produção de castanha de caju in natura, sua produtividade e qualidade, mas também o aumento da quantidade e da qualidade de castanhas de caju processadas na África e do processamento de produtos derivados do caju. Além disto, a iniciativa também tem como objetivo o estabelecimento e a expansão de conexões sustentáveis com o mercado global e a defesa de políticas que favoreçam a produção e o processamento de cajus.

Em 2015, a IAC e os seus parceiros viram um progresso incrível em direção à realização de sua visão: mais de 400 mil produtores rurais foram totalmente treinados em dois tópicos diferentes, sendo que 22% do total são mulheres. No momento, estes produtores rurais ganham todos juntos uma renda líquida adicional de US$ 120 milhões. O processamento de cajus na África também aumentou de 3% para cerca de 10% desde o começo do projeto em 2009, embora os processadores tenham enfrentado uma competição pesada exercida por compradores de CCN nas duas últimas temporadas. Como resultado, alguns processadores da África Ocidental tiveram de encerrar temporariamente as suas operações de processamento, mas continuaram engajados na comercialização, enquanto que a maioria deles tiveram de operar abaixo de sua capacidade de processamento. Cerca de 5,8 mil empregos diretos foram criados só nas fábricas de processamento, as mulheres foram as maiores beneficiárias, assumindo 75% do número total de empregos criados, com salários acumulados de US$ 3,6 milhões em todos os 5 países que fazem parte do projeto.

Desde então, a IAC recebeu a promessa genérica do Ministério Federal da Alemanha para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (BMZ) de poder ingressar em uma terceira fase do projeto, a ser continuado em maio de 2016. Outros parceiros financiadores – a IDH e a secretaria EU/ACP – também pretendem apoiar a visão conjunta.

Com o apoio financeiro de novos parceiros previsto, tudo está pronto para iniciar a decolagem para a terceira fase da iniciativa, com um componente adicional, o de promover os benefícios nutricionais do caju à saúde. A ACA é um membro do Conselho da IAC e trabalha estreitamente como ela no desenvolvimento do setor de caju e está animada para empreender novas colaborações conjuntas em 2016.