Apresentação do Dr. Babafemi Oyewole, nomeado recentemente Diretor Executivo da ACA

No dia 3 de dezembro de 2015, a Secretaria da Aliança Africana do Caju (ACA) deu as boas-vindas ao Dr. Babafemi Oyewole como Diretor Executivo da ACA.

Depois de um extenso processo de seleção, o Dr. Babafemi Oyewole foi escolhido pelos membros do Comitê Executivo da ACA para liderar a organização. Nascido na Nigéria, o Dr. Babafemi Oyewole ingressa na ACA com mais de vinte cinco anos de experiência em finanças, no desenvolvimento empresarial privado e em gerenciamento de consultoria.

A equipe de Comunicações da ACA reuniu-se com o Dr. Oyewole para fazer uma entrevista, a fim de discutir a sua experiência nos setores público e privado, a sua visão para a ACA, bem como para conhecer os seus objetivos de curto e de longo prazos para o setor de caju. Por favor, veja abaixo a entrevista.

1.     Por que o Sr. quis ser o Diretor Executivo da Aliança Africana do Caju (ACA)?

Na condição de Economista de Desenvolvimento, eu sempre tive uma paixão por iniciativas que gerassem resultados econômicos desenvolvimentistas e a redução da pobreza. O setor agrícola e a produção de alimentos particularmente atraem a minha atenção. Portanto, eu estou interessado em contribuir com o desenvolvimento da cadeia de valor do caju ao promover o desenvolvimento econômico dos países produtores através da expansão da capacidade de processamento, das exportações e dos rendimentos em moedas estrangeiras, além do fortalecimento de grupos de produtores rurais, os quais podem, com isto, melhorar a sua renda e gerar empregos. E todos eles são grandes desafios dentro deste setor. Isto tudo captura de forma apropriada o meu desejo de liderar a ACA.

2.     Quais são os seus objetivos de curto e de longo prazos como Diretor Executivo?

O nosso objetivo de curto prazo é construir a confiança dos nossos elementos-chave, de forma que possamos continuar a contar com o apoio deles. Isto será feito através da reorganização do nosso pessoal e dos processos para assegurar que operemos profissionalmente em linha com as melhores práticas internacionais. No longo prazo, nós implantaremos uma estratégia de transformação que habilitará a nossa organização a cumprir efetivamente com as expectativas de todos os nossos elementos-chave em termos de apoio técnico, estabelecimento de contatos de mercado, acesso ao financiamento, melhoria de qualidade com a intenção de construir uma marca de caju africano que seja respeitada e procurada tanto nos mercados globais como no local.

3.     Como o Sr. imagina o papel da ACA se alterando sob a sua liderança?

O papel da ACA é fornecer assistência técnica e facilitar os investimentos, promover o estabelecimento de contatos de mercado e os padrões internacionais, compartilhar informações e as melhores práticas. Se estes papéis forem desempenhados de forma eficiente, eles resultarão em um aumento no processamento de castanha de caju in natura (CCN) na África, melhorarão a competitividade e a sustentabilidade no setor africano, facilitarão as parcerias público-privadas e a cooperação para o benefício do setor do caju. Nós estaremos comprometidos para que a ACA desempenhe estes papéis de forma efetiva e eficiente através da entrega inovadora e profissional de nossos serviços, bem como melhoraremos os nossos esforços de defesa de causa ao contar com o apoio do setor público, especialmente na promoção da implantação de políticas habilitantes em favor do setor de caju.

4.     O que mais interessa ao Sr. no trabalho com o setor de caju?

O meu interesse no setor é a implantação de programas e de projetos que tenham como objetivo a adição de valor à CCN através do aumento do processamento e dos altos padrões de qualidade. Eu também tenho interesse em assegurar que o setor esteja bem organizado ao longo dos vários estágios da cadeia de valor, de forma que todas as partes interessadas possam entregar o máximo de benefícios a partir de suas operações.

5.     Qual será o seu nível de engajamento e de contribuição à ACA e a seus membros?

A ACA possui uma base de afiliação muito interessante, a qual consiste de elementos-chave dos setores público e privado de dentro da África e do mundo todo. É aqui que eu acredito que a minha experiência tanto no setor privado quanto no privado permitirão que nós nos engajemos de forma eficiente e estratégica com as várias partes interessadas, a fim de alcançar a nossa visão organizacional, a nossa missão e os nossos objetivos. O nosso engajamento terá como alvo atrair o apoio delas e mobilizar todos os recursos necessários para os projetos e os programas da Secretaria. Isto será alcançado através de consultas regulares e de comunicação estratégica para informá-las sobre os nossos planos e o nosso desempenho. Nós também procuraremos a contribuição das partes interessadas para nossos programas e projetos, a fim de assegurar que elas estejam efetivamente envolvidas nas atividades da organização.

6.     Qual a sua visão para a ACA?

A minha visão é tornar a ACA uma organização internacional dirigida profissionalmente, que esteja apta a alcançar a visão de seus fundadores, a qual é criar um “setor africano do caju competitivo no cenário mundial que beneficie a cadeia de valor – do produtor rural ao consumidor”, bem como ajudar a ACA a alcançar os objetivos estabelecidos pela Declaração de Maputo. As diretrizes delineadas para alcançar o que diz a declaração serão perseguidas de forma vigorosa. Elas são o apoio e o treinamento para os produtores rurais e os exportadores, o empoderamento dos grupos de produtores rurais, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P & D), a implantação de incentivos de investimentos para as melhores práticas no processamento e uma campanha sustentada de marketing global para assegurar os investimentos dos doadores.

7.     Como o Sr. pretende resolver alguns dos desafios que o setor do caju enfrenta?

Um dos principais desafios do setor de caju, especialmente na África, é conseguir aumentar a adição de valor. A África cultiva cerca de 49 por cento de toda a safra mundial. Estima-se que o processamento doméstico com valor adicionado seja de 10 por cento – o que é muito baixo. Nós, portanto, iremos implantar estratégias inovadoras que permitam que a ACA alcance o alvo estabelecido de processamento de 35 por cento das CCNs produzidas na África até o ano de 2020. Nós aumentaremos as parcerias estratégicas com as partes interessadas para mobilizar o financiamento, promover os investimentos, apoiar a pesquisa e o desenvolvimento (P & D) e fornecer assistência técnica direta para investidores na África. Além do mais, há enormes oportunidades para o comércio de castanhas in natura e de cajus processados dentro da própria África, bem como o comércio de produtos derivados, os quais não estão sendo explorados atualmente. A ACA também procura facilitar um diálogo de livre comércio entre a Comunidade Econômica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO) e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADAC). Além disto, o nosso objetivo é fortalecer o consumo do caju africano através do estabelecimento de contatos de mercado entre os países africanos. Nós continuaremos a trabalhar com os governos locais para tentar elaborar e implantar estratégias de defesa de causa a fim de promover este comércio e para expandir as políticas regionais de caju. A qualidade do caju também é muito importante tanto para os mercados globais quanto para os regionais. Em relação a isto, eu apoiarei o programa do Selo da ACA e também explorarei a possibilidade de usar outras certificações de qualidade para o caju africano, a fim de melhorar a aceitação de mercado e a rastreabilidade tanto nos mercados globais quanto no africano.

8.     Qual é a sua citação preferida para a vida e o trabalho? Por favor, explique.

A minha citação favorita, a qual define a minha vida e o meu trabalho é “Com Deus, nada é impossível”. Quando nós envolvemos Deus em nossas vidas, aí podemos usufruir de Sua imensa sabedoria, de Seu conhecimento e compreensão para confrontar os desafios da vida. Na realidade, nós descobrimos que nada se torna impossível para nós alcançarmos no momento em que manifestamos nossa fé em Deus. Como seres humanos, nós temos sabedoria e conhecimento limitados, mas quando nós permitimos que Deus nos ajude em nossos esforços, nós bebemos de Sua infinita sabedoria e nós ficamos aptos a alcançar mais do que poderíamos se nós dependêssemos somente de nossa sabedoria humana. Isto tem me ajudado a enfrentar os desafios e as responsabilidades sem medos ou limitações.